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Queridos babacas, hoje meu Ramalhão jogou contra o poderoso Mirassol, na casa deles, e o máximo que conseguiu foi uma vitória apertada, apenas 3 a 0. Digo apenas porque, se apertasse, fazia mais (e o Mirassol tava apertadinho, querendo alguém pra fazer gol).
Como o jogo era longe e eu estou desmonetarizado, esse foi o primeiro jogo do Santo André nesse campeonato que não pude acompanhar no estádio. Assisti pela TV, e ainda perdi os primeiros 20 minutos.
Cheguei tarde pra ver o jogo do Ramalhão porque, como não pude ir a Mirassol, aproveitei para visitar outro estádio, provavelmente muito mais interessante, embora eu não conheça Mirassol: com um grupo de amigos, fui à Rua Javari, na Mooca, assistir Juventus e Ferroviária, pela série A-2 do Campeonato Paulista.
A Rua Javari é, disparadamente, meu estádio de futebol preferido. É um lugar aconchegante, peculiar, um tanto estranho, e único. A torcida juventina então, nem se fala.
Não é uma ou outra coisa que fazem da Rua Javari um lugar fantástico, e sim o conjunto do lugar: a torcida do Juventus cantando músicas em ritmo argentino e com letras curiosas que exaltam a Mooca e o Juve (o “Dono do Bairro”, como uma das canções denomina o Moleque Travesso); o tiozinho que vende canolis (docinhos também conhecidos como línguas de sogra) no intervalo do jogo; as dimensões absurdamente reduzidas do estádio (uma das arquibancadas tem uma placa com os dizeres “capacidade – 109 pessoas”); as casas ao redor do estádio, todas com grades nas janelas para evitar vidros quebrados pelas bolas que os pernas-de-pau lançam para fora dos limites do estádio; o portão de entrada do campo, aberto após o jogo, o que nos possibilitou visitar o gramado e o banco de reservas juventino; o Johnson (sim, esse mesmo, o atacante da seleção de Angola), que estava perdido ali pelas dependências do Juve... enfim, tem coisas que só se vê na Rua Javari.
O resultado? 1 a 0 pro Juventus, mas isso é o de menos.