Futebol Apático x Futebol Burocrático. Esta é a melhor definição sobre a partida entre Santo André e Palmeiras na última quarta-feira, dia 21, em Ribeirão Preto. O jogo, que marcou a estréia do Paulistão 2009, foi um belo espetáculo de bolas recuadas, toques despretensiosos de um lado para o outro, falta de habilidade e de entrosamento.
Do lado andreense, um futebol apático foi apresentado pelo técnico Sérgio Guedes, que permaneceu 90 minutos em pé ao lado do campo, de braços cruzados, olhando de um lado para o outro, acompanhando a bola que apanhava de 22 atletas medíocres. De vez em quando, descruzava os braços para coçar a testa e tirar a cabeleira da frente dos olhos.
Do lado palmeirense, o que se viu foi um futebol medíocre, sem sal nem açúcar, burocrático ao extremo, do tipo que bate cartão quando o juiz encerra o segundo tempo. A base de contra-ataques e aos trancos e barrancos, o Palmeiras abriu o placar num lance duvidoso no finalzinho do primeiro tempo, finalizado por Cleiton Xavier, e não fez absolutamente nada no segundo. Nem precisava fazer: o Ramalhão somente esboçou alguma ameaça em chutes de Jonathan, na trave, e Chiquinho, no travessão. Na verdade, duas finalizações lamentáveis, ambas com o gol escancarado, pronto para ter as redes estufadas. Os únicos que ameaçavam o Palmeiras eram o meia andreense Marcelinho Carioca, que parece que só gosta de jogar bola contra times rivais do Corinthians, e o palmeirense Pierre, que entregou algumas bolas comprometedoras.
No mais, o Ramalhão mostrou que não tem qualquer entrosamento entre seus atletas (aliás, não se pode fazer qualquer idéia de qual será o elenco titular andreense, já que a própria diretoria afirma que ainda há algumas contratações a serem feitas). Mostrou também falta de personalidade, de dedicação, de tática, de raça... mostrou que falta dar a esse elenco a cara de um verdadeiro time de futebol. Mostrou também que com Juninho e Fernando como volantes, e com um ataque composto por Jonathan e Alexandro, é bom a gente ir se acostumando a não fazer gol e a tomar contra-ataques o jogo inteiro. Por fim, mostrou que o Cesinha, em dois anos como zagueiro das categorias de base, não aprendeu sequer a chutar uma bola para longe da área, e mostrou que o outrora ídolo Alexandre hoje se encontra velho e acabado.
O próximo jogo do Ramalhão é sábado, contra o arqui-inimigo São Caetano, jogo no estádio de lata. E, se jogar como jogou ontem, a coisa vai começar a ficar feia pro lado do Sérgio Guedes. Ou do Marcelinho Carioca, pois eu ainda não descobri qual dos dois decide a escalação do time.

2 comentários:

  1. Gabriel Teixeira disse...

    Duvidoso?

    WTF?!

  2. uma pessoa aleatória disse...

    TIRA A TIARA, MEU CHAPA !


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